segunda-feira, 24 de maio de 2010

Algumas considerações feitas a partir da leitura do texto " A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX" de Maria Helena Silveira Bonilla


Segundo Bonilla, o ritmo dessas transformações que vivenciamos é mais ampla e complexa do que qualquer das precedentes. E estão ligadas às mudanças culturais, sociais que ocorrem em uma determinada ordem, pois quando as mesmas acontecem temos um nova forma de pensar, agir;,"só ocorrem mudanças na sociedade, ou qualquer área da vida, quando muda a idéia geral de ordem"(Bonilla, pg.72).Essas alterações nas sociedades são observadas comparando a cosmovisão: medieval que era de uma ordem atemporal, cada objeto tinha seu lugar no espaço, enquanto na cosmovisão da modernidade, hegemônica, ainda hoje, o pensamento se reduz as tecnologias da escrita e da linguagem, já a cosmovisão contemporânea tem mostrado que nenhum sistema pode ser visto isolado por completo e autodeterminado, está no campo das possibilidades.
Enquanto a noção de ordem dentro da escola e da modernidade fora da mesma tendem a serem da cosmovisão contemporânea e não ocorrendo comunicação entre esses dois mundos, vivenciamos uma crise na educação devido altos índices de reprovação e evasão escolar. Essa crise é observada na prática pedagógica da escola atual, fundamentada na linearidade e individualidade, sendo o professor que passa o conhecimento "verdadeiro", e o aluno apenas um objeto da educação.
A escola e a universidade oferece uma forma de pensamento que impõem aos alunos, desde a infância, a de um pensamento disjuntivo e redutor. Por isso, atualmente na educação é preciso que aconteça uma transformação na sala de aula, principalmente em relação às novas tecnologias.
É necessário transformar o espaço escolar e a práxis pedagógica não pode assumir programas estabelecidos, mas possibilitar modificações em função das informações, dos acontecimentos, dos imprevistos que a sociedade vivencia.

CIBERCULTURA - PIERRE LEVY

Cibercultura é uma expressão criada por Pierre Levy para sintetizar o mundo digital centralizando múltiplos usos. Um exemplo é que a palavra ou texto deixa de ser apenas um agrupamento de letras e passa a adotar um conjunto de fontes de informações como desenhos, vídeos, gráficos, músicas, vídeos reforçando a idéia ou o conjunto delas iniciada.
Seguindo os princípios de sua teoria de que a rede de computadores é includente, o infofilósofo francês PIERRE LEVY procura fornecer aos desconectados subsídios valiosos para avaliarem o universo "on line".
O conceito mais importante desenvolvido em sua obra é o de que a rede de computadores é um universal sem totalidade, ou seja, que ela permite às pessoas conectadas construir e partilhar a inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-ideológica. Partindo deste princípio, Levy encara a Internet como um agente humanizador (porque democratiza a informação) e humanitário (porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das minorias).
As implicações sócio-políticas da rede de computadores não passaram desapercebidas ao autor francês, que nos dá uma clara dimensão do potencial educacional da Internet. Conectado, o cidadão tem condições de interferir diretamente no controle das decisões públicas sem mediadores, algo que pode ajudar a descentralizar, democratizar e otimizar os serviços públicos.
Apesar de defender as vantagens da vida "on line", Pierre Levy não comete o erro de afirmar que a conecção substitui ou substituirá a interação social, o contato entre as pessoas. Ao contrário, segundo o autor a Internet possibilita contatos mais freqüentes e produtivos na medida em que aproxima os atores sociais antes mesmo dos acontecimentos coletivos. Nesse sentido, a rede de computadores (assim como o correio e o telefone) não é um agente de desumanização ou de isolamento do ser humano.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

INLUSÃO DIGITAL


Virou moda falar em inclusão digital, principalmente no Brasil com tantas dificuldades-impostos, burocracia, educação – para facilitar o acesso aos computadores. Antes de tudo é necessário melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, a depender do contexto, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê–á–bá do informatiquês, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida.
Muita gente acha que incluir digitalmente é colocar computadores na frente das pessoas e apenas ensiná–las a usar Windows e pacotes de escritório. A analogia errônea tende a ajudar a propagar cenários surreais da chamada inclusão digital, como é o caso de comunidades ou escolas que recebem computadores novinhos em folha, mas que nunca são utilizados porque não há telefone para conectar à internet ou porque faltam professores qualificados para repassar o conhecimento necessário. É preciso ensinar as pessoas como utilizá–los em benefício próprio e coletivo.