segunda-feira, 24 de maio de 2010

CIBERCULTURA - PIERRE LEVY

Cibercultura é uma expressão criada por Pierre Levy para sintetizar o mundo digital centralizando múltiplos usos. Um exemplo é que a palavra ou texto deixa de ser apenas um agrupamento de letras e passa a adotar um conjunto de fontes de informações como desenhos, vídeos, gráficos, músicas, vídeos reforçando a idéia ou o conjunto delas iniciada.
Seguindo os princípios de sua teoria de que a rede de computadores é includente, o infofilósofo francês PIERRE LEVY procura fornecer aos desconectados subsídios valiosos para avaliarem o universo "on line".
O conceito mais importante desenvolvido em sua obra é o de que a rede de computadores é um universal sem totalidade, ou seja, que ela permite às pessoas conectadas construir e partilhar a inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-ideológica. Partindo deste princípio, Levy encara a Internet como um agente humanizador (porque democratiza a informação) e humanitário (porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das minorias).
As implicações sócio-políticas da rede de computadores não passaram desapercebidas ao autor francês, que nos dá uma clara dimensão do potencial educacional da Internet. Conectado, o cidadão tem condições de interferir diretamente no controle das decisões públicas sem mediadores, algo que pode ajudar a descentralizar, democratizar e otimizar os serviços públicos.
Apesar de defender as vantagens da vida "on line", Pierre Levy não comete o erro de afirmar que a conecção substitui ou substituirá a interação social, o contato entre as pessoas. Ao contrário, segundo o autor a Internet possibilita contatos mais freqüentes e produtivos na medida em que aproxima os atores sociais antes mesmo dos acontecimentos coletivos. Nesse sentido, a rede de computadores (assim como o correio e o telefone) não é um agente de desumanização ou de isolamento do ser humano.

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